terça-feira, 31 de agosto de 2010

Grandes ídolos - Garrincha

Pelé deixava o estádio boquiaberto. Garrincha fazia o estádio gargalhar.
O Rei Pelé, era o melhor de todos os tempos. Mané Garrincha, era o segundo.
Mesmo que o mundo não reconheça, Garrincha foi o segundo melhor jogador da história do futebol, e junto a Pelé , a Seleção Brasileira jamais perdeu um jogo. Foram 40 partidas, 36 vitórias e apenas quatro empates.
Mesmo que não pareça, Garrincha conseguiu ser até mais importante que Pelé nas duas Copas do Mundo vencidas pela Seleção Brasileira com ambos em campo -- em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile.
Na primeira, o Brasil provavelmente venceria sem Pelé, com 17 anos. Teria sido mais difícil, sem seus seis gols e tanta genialidade. Mas, sem Mané, talvez tivesse sido impossível.
Garrincha fez pelo Brasil o que só Maradona foi capaz de fazer pela Argentina: ganhou a Copa praticamente sozinho.
Ali, ele driblou como sempre e fez quatro gols, armou pelo meio, marcou gol de cabeça, de pé esquerdo, de fora da área, e bateu faltas marcando gol e dando a vitória ao Brasil.
para enaltecer o maior camisa 7 da história não é preciso compará-lo a ninguém. Até porque Garrincha foi único.
Tão único que apenas uma vez, em 60 jogos, saiu derrotado de campo com a camisa da Seleção Brasileira. E foi exatamente em sua última participação pelo time da CBF, na Copa da Inglaterra, em 1966, 1 Brasil vs Hungria 3. No mais, foram 52 vitórias e sete empates.
Tinha o joelho direito virado para dentro e o esquerdo, para fora. De quebra, tinha um deslocamento de bacia.
Daí porque ser praticamente impossível marcá-lo. Se o marcador olhasse para os seus joelhos ficaria inteiramente desorientado. Se olhasse para o seu tronco, também se perderia, porque o deslocamento da bacia causava confusão. E todo mundo sabia que ele só driblava para a direita. Mas ninguém conseguia roubar a bola dele.
Mané levava o futebol e a vida sem maldade. Talvez por isso, o povo brasileiro o amou mais do que qualquer outro ídolo do futebol.
Garrincha não se enquadrava em nenhuma teoria e foi a melhor prova de que nada é mais injusto do que tratar igualmente os desiguais.
Garrincha quase nunca comparecia a revisão médica, treinamentos ou concentrações. Mas isso não importava, pois ele garantia a vitória.
De 1962 em diante, embora tenha jogado a Copa da Inglaterra, em 1966, ele tentou apenas sobreviver.
Seus joelhos já estavam em situação miserável e o alcoolismo se acentuava dramaticamente.
O melhor ponta-direita da história morreu no dia 20 de janeiro de 1983, nove meses e oito dias antes de completar 50 anos. Ficou sendo um dos grandes gênios do futebol.
Mas gênio mesmo, com G de Garrincha.


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